A vegetação poderia ser uma grande aliada nos estudo de eventos cósmicos
extremos
Há muito tempo a ciência tenta compreender como exatamente o eventos
espaciais influenciam a vida na Terra. E já sabemos que nosso planeta está
mais suscetível a efeitos cósmicos do que gostaríamos de acreditar...
E agora um novo estudo liderado pelo geocientista Robert Brakenridge, da
Universidade do Colorado Boulder, indica que as
Supernovas também parecem deixar "sequelas" em nosso planeta.
Supernovas são explosões estelares extremamente brilhantes
vistas em outras galáxias com frequência, e seriam devastadoras se
acontecessem muito perto do nosso Sistema Solar.
Mas mesmo as explosões que acontecem infinitamente distantes parecem deixar
sua marca em nosso pequeno ponto azul.
De acordo com Brakenridge, os anéis das árvores parecem estar
diretamente relacionados com esses eventos extremos do Universo, e indicam
que nossa biologia é alterada por eventos cósmicos de uma forma mais efetiva
do que sempre desconfiamos.
Os estudos foram baseados no carbono-14 (radiocarbono), um isótopo que se
forma com a ação dos raios cósmicos, como a radiação gama, na atmosfera
terrestre.
Supernova 1987A (SN 87A) observada na Grande Nuvem de Magalhães em 1987.
Créditos: ALMA / NASA / divulgação
"Geralmente, existe uma quantidade estável [desse isótopo] todos os anos",
explicou Brakenridge. "As árvores usam o dióxido de carbono, e alguma parte
deste carbono será o radiocarbono".
E as quantidades de radiocarbono nas árvores mostram alguns
aumentos súbitos e sem motivo aparente, Por isso muitos cientistas
acreditam que esses picos tenham algo a ver com manchas solares e outros
fenômenos.
"Existem duas possibilidades: manchas solares ou supernovas, e eu acho que a
hipótese das supernovas foi descartada cedo demais", diz o autor da
pesquisa.
De acordo com Brakenridge, supernovas de outras galáxias poderiam nos
bombardear com raios gama, que formam o isótopo de carbono na Terra, e um
aumento nos níveis deste isótopo pode indicar que a
energia de uma supernova distante nos alcançou.
Para testar sua hipótese, Brakenridge listou
supernovas que ocorreram relativamente perto da Terra nos últimos 40
mil anos, e comparou as idades estimadas destes eventos aos
registros de anéis das árvores
no solo.
Grande parte perece ter relação com aumentos de registro de radiocarbono na
Terra. Mais exatamente 4 delas foram consideradas candidatas
promissoras.
Por exemplo: os registros de uma estrela na constelação Vela, que se tornou
uma supernova há 13 mil anos, bate com o registro de altos níveis de
radiocarbono na Terra.
Ou seja: em teoria as supernovas próximas poderiam ter causado
alterações no clima da Terra nos últimos 40 mil anos.
Ainda assim temos que considerar que a datação de supernovas é muito
difícil e complicada, e por isso os dados ainda não podem ser
confirmados.
Porém, Brakenridge espera que a questão seja estudada com mais atenção daqui
pra frente: "o que me incentiva é quando eu olho o registro terrestre e
penso 'meu Deus, os efeitos previstos e modelados parecem estar aqui".
Imagens: (capa-ilustração) / ALMA / NASA / divulgação
27/11/2020
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Dá pra imaginá as árvores que habitam os planetas destas estrelas-supernova? O tamanhão dos anéis? Ixe!
ResponderExcluirBambolê...
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