Sempre que a pobre estrela se aproxima, uma parte de sua massa equivalente a
3 planetas Júpiter é devorada...
A galáxia ESO 253-G003, localizada 570 milhões de anos-luz de
distância, brilha regularmente com flashes de luz a cada 114 dias, e esses
brilhos regulares eram um intrigante mistério.
Mas agora finalmente temos uma resposta em um estudo liderado pela Dra. Anna
Payne e divulgado no 237º Encontro da Sociedade Astronômica, com previsão de
também ser publicado no 'The Astrophysical Journal'.
A pesquisa feita graças ao satélite TESS (Transiting Exoplanet Survey
Satellite) da NASA, descobriu que os flashes são causados por um Buraco
Negro Super Massivo, toda vez que uma infeliz estrela que o orbita se
aproxima e ele abocanha uma parte de sua massa.
A regularidade dos flashes é explicada pela órbita da estrela, que se
aproxima do buraco negro a cada 114 dias.
Payne e seu time de pesquisadores aguardaram novos brilhos que deveriam
ocorrer em maio, setembro e dezembro de 2020, e conforme eles previram, os
flashes realmente ocorreram, fazendo com que eles chegassem a 20 desses
eventos observados.
Impressão artística do buraco negro supermassivo liberando jatos de luz
quando engole matéria da estrela.
Créditos: NASA / GSFC / Chris Smith
Payne até fez uma comparação com as erupções do Geiser Old Faithful, no
Parque Nacional de Yellowstone, comparando a regularidade dos brilhos no
Buraco Negro que chamou de "evento tipo Old Faithful".
"Esses são os mais previsíveis e frequentes eventos recorrentes de flares
multi-ondas que já vimos no coração de uma galáxia, e eles nos dão uma
oportunidade única para estudar esse "evento tipo Old Faithful"
extragaláctico em detalhe", disse Payne.
A equipe de pesquisadores também investiga hipóteses alternativas para esse
fenômeno dos flares regulares:
- a interação do Buraco Negro em questão com um segundo Buraco Negro Super Massivo (o que é improvável já que não se tem notícia de um segundo buraco negro na galáxia ESO 253-G003);
- uma estrela com órbita inclinada que cruzaria o disco de material que tipicamente circunda um Buraco Negro Super Massivo (o que também é muito improvável já que a estrela cruzaria o tal disco 2 vezes, o que geraria brilhos diferentes, e isso não aconteceu durante as observações).
Portanto os cientistas acreditam que a explicação mais provável seja mesmo
que um buraco negro super massivo, com cerca de
78 milhões de massas solares
esteja se alimentando regularmente, em datas previsíveis, da pobre
estrela que o orbita.
Segundo os cientistas cada vez que a estrela é "abocanhada", o buraco negro
devora uma quantidade de massa equivalente a três Júpiteres!
Infelizmente os pesquisadores ainda não conseguiram descobrir por quanto
tempo isso ocorre e quanto isso ainda deve durar
até que a estrela perca toda sua massa.
A Dra. Payne aguarda agora para observar os próximos eventos de flashes, que
estão previstos para acontecer em abril e agosto de 2021.
Imagens: (capa-NASA) / NASA / GSFC / Chris Smith
13/01/2021
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Como sempre as imagens são ilustrações de computador ou fotos indecifráveis. Aonde estão aqueles super telescópios que adentram bilhões de anos luz de universo adentro?
ResponderExcluirVc com certeza não é astrônomo, né amigo?
Excluircara é a luz q chega aki e naum seu olho q vai lá. entende???
ResponderExcluirÉ muita história p contar
ResponderExcluir