Há vários anos a estrela KIC 8462852, ou Estrela de Tabby, é um mistério, mas
agora parece que entendemos o que está acontecendo...
Já faz um bom tempo que a tal "Mega Estrutura Alienígena" intriga
cientistas do mundo todo.
Aqui em nosso site nós já falamos desse assunto, mas depois acabamos ficando no mistério mesmo...
Mas agora, um novo estudo liderado por Logan Pearce, da Universidade do
Arizona e aceito para publicação no The Astrophysical Journal, parece ter a
resposta: um segundo sol!
Sim, o grande mistério da Estrutura Alienígena na
Estrela Tabby (KIC 8462852) parece ser "apenas" resultado de um sistema binário mal
compreendido.
A equipe liderada por Logan Pearce estuda desde 2016 a Estrela de Tabby. E
como às vezes pode ser muito difícil comprovar que duas estrelas são, de fato,
um sistema binário, eles levaram 5 anos para a conclusão dessa pesquisa.
Eles confirmaram a existência das duas estrelas "irmãs", que são separadas por
uma distância de 880 unidades astronômicas (1 unidade astronômica corresponde
à distância média entre a Terra e o Sol).
Ilustração artística de um sistema binário de estrelas, com gás e poeira em
seu entorno.
Créditos: GG Tauri-A
A estrela KIC 8462852 é a maior, com cerca de 1,36 massas solares e
1,5 vezes o tamanho do Sol.
Já sua "irmãzinha", chamada KIC 8462852 B, é uma
anã vermelha com cerca de 0,44 massas solares e 0,45 vezes o tamanho
do Sol.
Os pesquisadores acreditam que as oscilações misteriosas que levaram
muitos a acreditar na "Mega Estrutura alienígena" sejam resultado da
interação das duas estrelas nesse sistema binário, onde a estrela
menor parece influenciar muito a maior. "A companheira binária pode
influenciar a evolução do sistema a longo prazo", afirma o artigo.
O problema é que, como antes não sabíamos que se tratava de um sistema
binário, ficava difícil explicar os estranhos fenômenos de variação de
brilho que víamos por lá. Mas agora as coisas começam a ficar mais
claras.
Estrela de Tabby em infravermelho e em ultravioleta.
Créditos: IPAC / NASA / STScI
A diminuição de brilho do sistema poderia ser explicada da seguinte
forma:
- Quando um planeta, por exemplo, começa a se formar ali, ele será esticado e dilacerado pelas interações gravitacionais.
- Com isso, nuvens de detritos maiores que simples partículas de poeira formariam nuvens densas que poderiam causar o estranho fenômeno de diminuição de brilho que vemos daqui da Terra.
Claro que essa explicação ainda não foi totalmente confirmada, e ainda
dependeremos de futuras observações.
Mas ao menos agora temos a
confirmação de que existe uma segunda estrela por lá, e isso já pode
ser motivo pra qualquer evento bizarro, o que já está nos dando novas pistas
que nos ajudarão a entender esse mistério.
Imagens: (capa-ilustração) / GG Tauri-A / IPAC / NASA / STScI
21/01/2021
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Os cientistas, às vezes, exageram em suas suposições. Em particular nunca acreditei nessa “mega estrutura”, pois temos como raciocínio lógico, pensar que as coisas são como conhecemos ou até criamos no nosso imaginário (filmes de ficção, por exemplo). Por enquanto, pelo menos, temos algo mais previsível é explicável
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPrezados discordo totalmente dessa explicação, não há evidencias cientificas mínimas e aceitáveis para supor que uma anã vermelha à 880 UA de distancia de uma estrela tipo sol destrua planetas e gere poeira entre as órbitas. Até aceitaria se dissessem que um planeta atingiu a estrela e diminuiu seu brilho com posterior aumento do mesmo. Cientificamente é possível que a diminuição do brilho ocorra durante inversão do campo electromagnético por isso é melhor estuda se conseguem descobrir se o aumento e a diminuição é cíclico.???
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