Restos da formação da Lua parecem estar em bolhas escondidas no subsolo da Terra

restos da formação da Lua parecem estar em bolhas escondidas no subsolo terrestre

'Bolhas' densas no subsolo da Terra podem ser restos da colisão que formou a Lua

A compreensão da formação da Lua ganhou mais um capítulo com uma recente descoberta que foi publicada na revista Science.


A hipótese mais aceita sobre a formação da Lua teoriza que ela se formou após impacto de Theia com a Terra. E esse recente estudo reforça essa possibilidade.

A teoria da formação da Lua cogita que cerca de 4,5 bilhões de anos atrás a Terra foi constantemente bombardeada por grandes objetos, dentre eles um planeta vizinho com o tamanho aproximado de Marte, que os cientistas chamam de Theia.

Theia teria se chocado contra o nosso planeta tão violentamente que lançou material suficiente no Espaço para formar a Lua.

E agora os cientistas da Universidade do Arizona, nos EUA, descobriram pistas do que seria o material remanescente desse grande impacto nas profundezas da Terra, dando mais força a essa hipótese.


De acordo com Qian Yuan, Ph.D. em geodinâmica da Universidade do Arizona (ASU), a colisão que deu origem à Lua poderia ter dissipado 60% da atmosfera da Terra, deixando "bolhas" de material de alta densidade concentradas em alguns locais do manto terrestre.

Os cientistas localizaram alguns desses possíveis acúmulos de material denso, as tais "bolhas", com até mil quilômetros de altura, localizadas abaixo da África Ocidental e do Oceano Pacífico. 

bolhas no subsolo podem ser restos de formação do impacto de Theia que teria originado a Lua

"Essa ideia maluca é pelo menos possível", disse Yuan, que acredita ter descoberto o material remanescente dessa grande colisão nessas tais bolhas, que são até o momento, as maiores estruturas desse tipo no manto da Terra.

Segundo os autores do artigo, a única coisa capaz de colocar esse material onde ele está seria uma catastrófica colisão, que fizesse o núcleo de Theia se fundir rapidamente com o da Terra.


Embora as descobertas não sejam conclusivas, o co-autor do estudo Steven Desch, também da ASU, diz que a equipe pode testar essa ideia por comparação geoquímica do material dessas "bolhas" com rochas do manto lunar.

O problema, segundo eles, é que seriam necessárias novas amostras de locais mais profundos da Lua, para que o material pudesse ser comparado. Coletar material de crateras de impacto mais profundas seria a melhor opção para termos amostras mais "puras" do subsolo lunar.


De qualquer forma já temos mais um indício que sustenta a teoria da colisão com Theia. E futuras missões poderão nos trazer o material que precisamos para confirmar a teoria sobre o misterioso surgimento da Lua.



Imagens: (capa-ilustração) / ilustração
01/04/2021


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