A China está prestes a tentar seu primeiro pouso no Planeta Vermelho
A primeira missão chinesa de pouso em Marte, chamada
Tianwen-1, deve fazer sua tentativa de pouso em Marte a qualquer
momento. Ye Peijian, conselheiro-chefe de Exploração Interplanetária da
Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST) havia revelado em uma
conferência na quinta-feira (13 de maio) que o
pouso em Marte ocorreria no dia 14, porém, a Agência Espacial Chinesa
divulgou em seu site oficial que a janela se estende até 19 de maio, próxima
quarta-feira.
Tianwen-1 consiste em um orbitador, um módulo de pouso e um rover do
tamanho de um carrinho de golfe chamado Zhurong, que recebeu o nome
de um antigo deus do fogo da mitologia chinesa.
A missão foi lançada em julho de 2020 em um foguete Longa Marcha 5 e tem
orbitado Marte desde o dia 10 de fevereiro de 2021 com Zhurong a
bordo.
Durante a descida até a superfície de Marte, a sonda chinesa terá que
enfrentar os 7 "minutos de terror" - o mergulho na atmosfera marciana, a
abertura de pára-quedas e o pouso controlado. O objetivo é pousar na
região chamada Utopia Planitia, de Marte - mesmo local de pouso da
antiga missão Viking 2 da NASA em 1976.
A Agência Espacial Chinesa não anunciou algum tipo de transmissão ao vivo do
pouso, e poucos detalhes foram divulgados. Levará cerca de 10 minutos para
os controladores da missão aqui na Terra receberem a confirmação de
aterrissagem, e só então a China deve divulgar as informações.
Embora Tianwen-1 seja a
primeira missão da China que pousará em Marte, não é a primeira vez
que os chineses enviam missões com destino ao Planeta Vermelho. Um orbitador
chamado Yinghuo-1 foi lançado em 2011 com a missão russa de retorno de
amostras, Phobos-Grunt. No entanto, Phobos-Grunt ficou preso na órbita da
Terra a caminho de Marte, e a missão terminou caindo no Oceano Pacífico.
Ilustração artística do rover Zhurong em Marte.
Créditos: CNSA / divulgação
Se tudo der certo, o pouso de Tianwen-1 tornará a China a segunda nação a
colocar um rover em Marte, depois da NASA, e a terceira nação a realizar um
pouso controlado na superfície de Marte depois dos EUA e da Rússia.
A chegada de Tianwen-1 à órbita de Marte também fez da China a sexta
entidade a enviar com sucesso uma espaçonave à órbita de Marte, seguindo os
EUA, a União Soviética, a Agência Espacial Européia (ESA), Índia e Emirados
Árabes Unidos. Mas apenas a NASA e a União Soviética conseguiram pousar lá
até agora; duas tentativas da ESA terminaram em pousos forçados, e a única
espaçonave soviética a chegar com segurança falhou alguns minutos após o
pouso.
Se Tianwen-1 sobreviver ao mergulho intacto, o
rover Zhurong descerá uma rampa para sair da cápsula de pouso
protetora, e deve permanecer na superfície marciana por cerca de 3 meses. O
intuito de Zhurong é analisar a composição da água e do gelo do solo
marciano.
Ilustração artística do pouso da China em Marte.
Créditos: CNSA / divulgação
Enquanto isso, o orbitador da missão servirá como uma estação retransmissora
de comunicações entre o rover e a Terra, enquanto conduz suas próprias
observações científicas de cima. O orbitador foi projetado para durar pelo
menos um ano marciano, ou cerca de 687 dias terrestres.
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Dedos cruzados para termos mais um pouso bem sucedido em Marte!
Imagens: (capa-CNSA) / CNSA / divulgação
14/05/2021
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