China pode Salvar a Terra contra Impacto de Asteroide Gigantesco

A China já tem um plano para evitar colisão de asteroides perigosos com a Terra. E isso não envolve ogivas nucleares...

Uma situação hipotética: astrônomos descobrem um grande asteroide em rota de colisão com a Terra, cujo impacto deve acontecer no ano de 2035. O que faríamos? Podemos já ter a resposta.

A estratégia se baseia em pesquisas e simulações que poderiam evitar a possível colisão catastrófica com o gigantesco asteroide Bennu (1999 RQ36), um dos objetos que fazem parte da lista de asteroides potencialmente perigosos.

A novidade é que esse método chinês de deflexão é baseado na tecnologia que já temos, e sem uso de armas nucleares, ou seja: tornaria tudo muito mais fácil e seguro!

De acordo com a publicação cientifica Icarus, o Centro Nacional de Ciência Espacial da China (NSSC, na sigla em inglês) planeja o lançamento de dezenas de foguetes em direção a asteroides que representem risco.

Ilustração artística do impactador Assembled Kinetic Impactor que pode ser acoplado

ao estágio superior do foguete chinês Long March 5.

Créditos: NSSC

Nas simulações, o asteroide Bennu por exemplo, foi atingido por 23 foguetes Long March 5, de 900 toneladas cada um, equipados em seu estágio superior com um 'Assembled Kinetic Impactor' - AKI, um impactador cinético da Agência Espacial Chinesa.

De acordo com os especialistas, Bennu poderia ser desviado cerca de 9 km além de sua rota em um período de 10 anos, o que seria suficiente para evitar uma colisão.

"Um impactador cinético continua sendo o método de deflexão de asteroide mais viável", afirmou a Agencia Espacial da China.

Um dos possíveis efeitos colaterais desse tipo de abordagem é que os foguetes poderiam partir o asteroide em diversas partes, causando uma chuva de detritos que poderia ameaçar áreas maiores do nosso planeta, inclusive regiões que não seriam originalmente afetadas diretamente.

De qualquer forma, a estratégia da China, com seus 23 foguetes em 10 anos seria  um pouco mais eficiente em termos de lançamentos do que o projeto Hammer da NASA, que que estimava entre 34 e 53 impactos em 10 anos para conseguir desviar o asteroide perigoso. E melhor ainda é que não precisaríamos de armas nucleares, o que torna as coisas um pouco menos arriscadas.

Ainda assim vale lembrar que, o plano só funcionaria se conseguíssemos detectar o asteroide com pelo menos 10 anos de antecedência, mas isso também não é um problema já que nossa capacidade de detecção melhora a cada dia.

Os pesquisadores destacaram também que essa tecnologia poderia ser usada com qualquer objeto com cerca de 140 metros, que poderia ser desviado em um período de até 10 anos, o que poderia ser a salvação da Terra se estivéssemos na mira de algum "projétil espacial".

Imagens: (capa-ilustração) / NSSC / divulgação

14/07/2021

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