E lá se foi o antigo laboratório russo...
De dentro da Estação Espacial Internacional, um astronauta francês observou
o antigo módulo espacial russo ser destruído em pedaços em uma chuva de
fogos de artifício. Como se não bastasse o fato dele ter conseguido observar
essa queima gigantesca em nossa atmosfera, ele conseguiu registrar esse
momento!
Um time-lapse incrível feito pelo astronauta Thomas Pesquet mostra
perfeitamente o módulo PIRS em seus últimos instantes de vida no dia 26 de
julho de 2021. "A reentrada atmosférica sem escudo térmico resulta em uma
bela bola de fogo", escreveu Thomas Pesquet no post, que também incluiu uma
descrição em francês. "Você vê claramente pedaços menores de metal derretido
flutuando e aumentando os fogos de artifício."
Os astronautas puderam observar o módulo PIRS se desmontando acima das nuvens por cerca de seis minutos. Thomas brincou que isso pode ser uma boa ideia para fazer um pedido para a próxima "estrela cadente" que você ver no céu, que pode ser um meteoro - ou pode ser o lixo orbital queimando. Se for lixo, ele continuou, "não tenho certeza se [o desejo] será concedido ... mas nunca se sabe, eu ainda aconselho a ir em frente."
PIRS foi retirado de serviço após quase 20 anos de trabalho na estação espacial. Ele entrou em órbita no dia 14 de setembro de 2001 após o lançamento do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, junto com uma espaçonave Progress modificada como estágio superior de seu foguete Soyuz-U. Três dias depois, acoplou-se ao módulo de serviço Zvezda, tornando-se o sexto módulo pressurizado do complexo orbital.
Módulo PIRS queimando na atmosfera da Terra em 26 de Julho de 2021.
Créditos: Thomas Pesquet / ESA
Esse antigo compartimento de acoplagem deu lugar a um novo módulo de ciência
russo chamado Nauka. O módulo que chegou recentemente na Estação Espacial
Internacional já estava há 13 anos atrasado, devido a vários problemas
técnicos e orçamentários. No dia 30 de julho, ao chegar na ISS, o novo
módulo Nauka ainda apresentou falhas, ligando seus propulsores de forma
inesperada e colocando a Estação Espacial Internacional em apuros por conta
de uma inclinação de mais de 45 graus.
Representantes da NASA enfatizaram repetidamente que a tripulação da
Expedição 65 nunca esteve em perigo e que a inclinação foi corrigida
rapidamente. "A mudança ocorrida foi lenta o suficiente para passar
despercebida pelos membros da tripulação a bordo, e todos os outros sistemas
da estação operaram nominalmente durante todo o evento", disse a agência.
Imagens: (capa-Thomas Pesquet) / Thomas Pesquet / ESA / divulgação
05/08/2021
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