Buracos Negros Supermassivos vagando no Universo podem ser mais comuns do que acreditávamos

Buracos negros de massa estelar, perdidos, nós já conhecíamos... mas imagine dar de cara com um supermassivo por aí!...

Imagine um Buraco Negro gigantesco como o Sagittarius A* (que está no centro da Via Láctea) perdido, vagando pelo Universo engolindo tudo em seu caminho...

Toda galáxia tem um Buraco Negro Supermassivo em seu centro, portanto era de se esperar que todos os Buracos Negros Supermassivos estivessem no centro de galáxias. Só que aparentemente as coisas não são bem assim.

Em um estudo publicado na 'Monthly Notices of the Royal Astronomical Society' pesquisadores mostraram que alguns buracos parecem bem distantes do centro de suas galáxias, como se estivessem perdidos.

Segundo o estudo, cerca de 10% de todos os Buracos Negros Supermassivos podem estar nessa situação, sendo buracos negros errantes, como descreveram os pesquisadores. E esse número de 10% parece ter sido ainda maior no passado.

Os cientistas afirmam que isso acontece quando galáxias colidem, fazendo com que seus buracos centrais se aproximem. Nesse caso, eles podem se fundir em um buraco negro ainda maior, ou serem arremessados em direções diferentes, que é o que parece ter acontecido com esses buracos negros que estão "perdidos".

Quando galáxias colidem e seus buracos negros supermassivos não fundem eles podem ficar vagando pela galáxia.

Créditos: NASA GSFC / Scott Wiessinger / USRA / Jeanette Kazmierczak / Uniersity of Maryland College Park / Scott Noble

Os modelos de computador mostraram que tais buracos negros errantes podem permanecer nessa situação, fora do centro da galáxia, por mais de 1 bilhão de anos.

Claro que todo esse processo ainda não é completamente compreendido pela ciência, e por isso ainda restam muitas dúvidas sobre como tudo funciona. Parte do problema em estudar os Buracos Negros é que eles são "invisíveis", já que devoram tudo ao seu redor, e nem a luz escapa...

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E dai poderíamos nos perguntar: Se não podemos vê-los, então como sabemos se não tem existe algum perto do nosso planeta?

Bem, quanto ao perigo de ter um desses gigantes próximos da Terra, podemos ficar tranquilos: embora sejam tecnicamente invisíveis, sua força gravitacional é tão gigantesca que entregaria sua localização. Nós não conseguimos vê-los diretamente, mas vemos o que está acontecendo ao seu redor, e geralmente a cena é caótica e inconfundível.

Inclusive é assim que os cientistas identificam a maior parte desses objetos. Geralmente seus arredores conturbados mostram que existe algo ali interferindo com as órbitas, embora não consigamos ver nada onde o buraco negro deveria estar.

Os pesquisadores ainda esperam saber mais sobre esses misteriosos Buracos Negros Supermassivos Errantes, mas a própria natureza desses objetos absurdamente gigantes torna as coisas muito difíceis.

Mas claro que isso não irá desanimar os pesquisadores, que mal podem esperar pela próxima grande descoberta.

Imagens: (capa-Sophia Dagnello) / NRAO / AUI / NSF / NASA GSFC / Scott Wiessinger / USRA / Jeanette Kazmierczak / Uniersity of Maryland College Park / Scott Noble / divulgação

03/09/2021

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