Trata-se de um novo tipo de explosão estelar recém-descoberta que
pode ser comum no Universo
A maioria das pessoas já ouviu falar de Supernovas, mas agora
astrônomos da Universidade de Durham, na Inglaterra, acabam de anunciar um
novo tipo de explosão de estrelas: a Micronova.
"Descobrimos e identificamos pela primeira vez o que estamos chamando de
micronova", disse a Dra. Simone Scaringi, do Centro de Astronomia
Extragaláctica da Universidade.
Segundo ela, trata-se de um
novo tipo de explosão estelar recém-descoberta que pode ser comum no
Universo, mudando a nossa compreensão de como ocorrem diversos fenômenos,
inclusive erupções nas estrelas.
A micronova é uma explosão que dura apenas algumas poucas horas, o
que torna ainda mais difícil sua observação e seu estudo.
Essas Micronovas ocorrem na superfície de algumas estrelas e podem
queimar rapidamente gigantescas quantidades de material – o equivalente a
cerca de 3,5 bilhões de Grandes Pirâmides do Egito.
A equipe internacional de pesquisadores, liderada pela Universidade de
Durham, observou o fenômeno em três anãs brancas - que são restos de
estrelas mortas - enquanto se alimentavam de suas respectivas estrelas
companheiras.
Impressão artística de uma micronova.
Créditos: ESO / Mark Garlick
Os pesquisadores encontraram pela primeira vez as micronovas incomuns
quando perceberam um flash de luz brilhante que durou um curto período de
tempo enquanto analisavam dados do Transiting Exoplanet Survey Satellite
(TESS) da NASA.
Depois disso eles ainda conseguiram observar outras três
micronovas usando diversos outros meios.
Duas dessas micronovas eram de anãs brancas já conhecidas, mas a
terceira precisava de mais observações com o instrumento X-Shooter no Very
Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO) para que seu
status de anã branca fosse confirmado.
Os pesquisadores agora planejam capturar mais desses eventos raros e
difíceis de serem observados, o que exigirá pesquisas em larga escala.
Segundo os cientistas, suas descobertas podem levar à revelação de mais
Micronovas, o que pode mudar muito o nosso conhecimento sobre como as
explosões termonucleares ocorrem nas estrelas.
Embora as micronovas sejam extremamente poderosas, elas são pequenas
para os padrões astronômicos quando comparadas com as supernovas, que são
extremamente brilhantes e conhecidas há séculos.
Impressão artística de uma micronova.
Créditos: ESO / M Kornmesser / L Calçada
"O fenômeno desafia nossa compreensão de
como ocorrem as explosões termonucleares em estrelas. Achávamos que sabíamos disso, mas esta descoberta propõe uma maneira
totalmente nova de compreensão", disse a Dra. Scaringi.
"Isso só mostra o quão dinâmico é o universo", completou ela.
A pesquisa foi financiada no Reino Unido pelo Science and Technology
Facilities Council, e publicada na revista Nature.
Imagens: (capa-ESO) / ESO / Mark Garlick /M Kornmesser / L Calçada /
divulgação
27/04/2022
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