Telescópio Espacial Hubble confirma presença de buraco negro errante no meio
interestelar
Os cientistas estimam que existe uma população de aproximadamente 100 milhões
de buracos negros espalhados pela nossa Galáxia. Até hoje, nenhum tinha sido
detectado de forma isolada. Mas isso mudou.
Todos os buracos negros detectados até hoje estavam ligados a uma estrela,
pertencentes a um sistema binário, onde a órbita da estrela revelava a posição
do buraco negro (com exceção de Sagittarius A* - o buraco negro central da Via
Láctea). Nessa nova revelação feita pela NASA,
conseguimos detectar a presença de um buraco negro que não está
atrelado a nenhum objeto!
O estudo teve a participação de Howard Bond, astrônomo da Universidade Penn
State, e aceito para publicação na revista The Astrophysical Journal.
Ilustração artística de buraco negro.
Créditos: NASA / divulgação
O buraco negro detectado tem cerca de 7,1 massas solares. Por ser um
objeto invisível, já que nem mesmo a luz consegue escapar de seu poder
gravitacional, só conseguimos detectar este buraco negro por conta do efeito
chamado "microlente gravitacional".
Conforme o buraco negro passou na frente de uma estrela distante, seu
poder gravitacional que dobra de forma significativa o espaço fez com que o
brilho da estrela fosse ampliado, e sua posição alterada.
Observação do Hubble revela buraco negro por mudança de posição de estrela
de fundo causada pela microlente gravitacional.
Créditos: NASA / HST / divulgação
O mais novo buraco negro conhecido fica a uma distância de 5.000 anos-luz,
e está localizado em um dos braços espirais da Via Láctea, chamado
Carina-Sagittarius.
Kailash Sahu do Space Telescope Institute descobriu o brilho excessivo da
estrela pela lente-gravitacional e o Telescópio Espacial Hubble confirmou
o fenômeno e a presença do objeto super-denso naquela posição.
Como saber que é mesmo um buraco negro?
Um segundo estudo diz que existe uma possibilidade do objeto ser na
verdade uma estrela de nêutrons, porém, de acordo com a NASA, buracos
negros causam lentes-gravitacionais longas, que duram mais de 200 dias.
Neste caso, a duração foi de 270 dias.
O buraco negro perdido tem 7,1x a massa do nosso Sol e está
viajando pela Via Láctea, no meio interestelar, a uma velocidade de
144.000 km/h - suficiente para viajar uma distância equivalente a da Terra
até a Lua em menos de três horas.
Imagens: (capa-HST) / NASA / HST / divulgação
21/06/2022
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Será que os buracos negros sugam os objetos ao seu redor?
ResponderExcluirSim, qualquer coisa, até mesmo projetos de casas que estiverem salvos em discos, nem mesmo em SSDs escapam, são bem piores que bad blocks em discos de backup em madrugada de caos no TI.
ExcluirDisco de sistema invßlido.
ExcluirUnidade nao reconhecida.
Existem planetas errantes, não me surpreende existir buracos negros errantes também. Questão de tempo para serem descobertos!
ResponderExcluir