AO VIVO: Máxima aproximação do Cometa C/2017 K2 com telescópio

Cometa C/2017 K2 por Michael Jaeger

Um dos cometas ativos mais distantes já vistos faz sua maior aproximação da Terra hoje, 14 de julho, e você pode acompanhar tudo ao vivo

O cometa C/2017 K2 (PanSTARRS), também conhecido como K2, está finalmente chegando à vista da Terra após o primeiro avistamento que foi feito pelo Panoramic Survey Telescope and Rapid Response System (PanSTARRS) em 2017, quando o cometa ainda estava nos confins do Sistema Solar.


Na época, o cometa C/2017 K2 foi considerado o cometa ativo mais distante já visto, embora tenha sido superado por um megacometa distante chamado Cometa Bernardinelli-Bernstein. C/2017 K2 faz sua máxima aproximação com o nosso planeta em 14 de julho, passando a 270 milhões de quilômetros da Terra (um pouco além da órbita de Marte). Sua máxima aproximação com o Sol, porém, só acontece em 19 de dezembro.


AO VIVO - Cometa C/2017 K2

E hoje (14) nós iremos fazer uma tentativa de rastrear esse cometa. Vocês poderão acompanhar tudo ao vivo. A nossa live terá início às 21h00 pelo horário de Brasília, e estará disponível logo abaixo:


Nos últimos cinco anos, o cometa C/2017 K2 vem se movendo constantemente em direção à Terra. Os cometas, compostos basicamente por gelo, rocha e gases congelados, tornam-se ativos à medida que se aproximam de uma fonte de calor como o nosso Sol. Com isso, seus gases congelados por milênios começam a evaporar - processo conhecido como sublimação. Assim é formada a "nuvem" em torno do cometa, bem como sua cauda. Astrônomos acreditam que esse cometa esteja viajando há cerca de 3 milhões de anos em uma órbita hiperbólica partindo da Nuvem de Oort até chegar aqui próximo da Terra.


Curiosamente, o K2 já estava ativo quando foi descoberto pela primeira vez em 2017 entre as órbitas de Saturno e Urano, a cerca de 2,4 bilhões de quilômetros do Sol.

Observações iniciais mostraram que o cometa tinha um núcleo grande. Enquanto o Telescópio Canadá-França-Havaí (CFHT) sugeriu que o núcleo do cometa C/2017 K2 poderia ter entre 30 e 160 km de largura, dados do Telescópio Espacial Hubble indicaram que poderia ter apenas 18 km de largura.


Portanto, a próxima aproximação do cometa oferece uma boa oportunidade para observatórios medirem o tamanho real do núcleo.

À medida que o cometa continuou seu caminho em direção ao Sistema Solar Interno, também ficou mais brilhante. Durante sua máxima aproximação de 14 de julho, espera-se que o cometa chegue em torno da magnitude 7 - um pouco além do que os olhos humanos conseguem enxergar. Será necessário equipamento astronômico, como binóculos ou telescópios para conseguir observá-lo. Fotografias de longa exposição também devem ser suficientes para detectá-lo nos céus.


Imagens: (capa-Michael Jaeger) / Michael Jaeger / divulgação
14/07/2022


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Um comentário:

  1. Vi em outras matérias que JWST está apontando para o sistema Trappist 1,mais especificamente para o planeta d, ou e. Segundo a fonte, o telescópio não tem como foco, identificar assinaturas que comprovem a existência de vida em exoplanetas. Mesmo assim vamos ter a oportunidade de visualizar com mais precisão o espectro e confirmar se as leituras anteriores no sistema estão coincidentes com essa nova interação. Pela lógica, é um sistema propício ao desenvolvimento de vida mais complexa, pois o mesmo tem o dobro de tempo de existência que o nosso. No mais é torcer que a anã vermelha não tenha varrido as suas atmosferas em outras épocas

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