A colisão estelar é um dos eventos mais extremos do Universo, e tudo foi
registrado em níveis milimétricos de onda
A colisão entre duas estrelas, sendo pelo menos uma delas uma estrela
de nêutrons, foi registrada em níveis milimétricos de onda, de uma forma nunca
antes vista. As observações reveladas no periódico The Astrophysical Journal
Letters mostra o resultado de observações lideradas por equipes das
universidades Northwestern e Radboud, na Holanda.
A explosão ocorrida em uma outra galáxia que fica de 6 à 9 bilhões de anos-luz
de distância deixou um dos maiores brilhos já vistos no Universo. As
observações foram feitas utilizando o potente Observatório ALMA (Atacama Large
Millimeter/Submillimeter Array), no Chile, que conta com 66 antenas que juntas
têm uma capacidade fora do comum para observar eventos distantes.
As explosões de raios-gama (conhecidas como GRBs) são os
eventos mais extremos que conhecemos no Universo. Quando produzidas por
supernovas, duram cerca de 1 minuto, e quando são resultado de
colisões de estrelas, duram cerca de 1 segundo.
Colisão de duas estrelas registrada pelo observatório ALMA.
Créditos: T Laskar / S Dagnello / ALMA / ESO / NAOJ / NRAO
Os raios-gama são o nível mais extremo do espectro eletromagnético.
Uma explosão de raios-gama (GRB) de apenas 10 segundos equivale a
toda energia liberada por uma estrela como o Sol em 10 bilhões de anos.
Essas explosões forjam os elementos mais pesados que o ferro, e esses
elementos são lançados para o espaço.
Essa colisão ocorreu em novembro de 2021 e foi nomeada
GRB 211106A. Por se tratar de um evento extremo, ela produziu ondas
gravitacionais, porém, essas não foram detectadas por conta da enorme
distância.
Colisões de estrelas que ocorrem em outras galáxias, apesar de serem
um dos eventos mais extremos e luminosos que conhecemos no Universo, são
extremamente difíceis de serem observados. O Observatório ALMA conseguiu
registrar esse evento extremo de raios-gama, e deixou os cientistas
ansiosos, afinal de contas, outros eventos do tipo poderão ser observados
pelo ALMA no futuro.
Imagens: (capa-ALMA) / T Laskar / S Dagnello / ALMA / ESO / NAOJ / NRAO
04/08/2022
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