Objeto interestelar que caiu no fundo do mar pode ser recuperado

Se isso der certo, será a primeira vez que colocaremos ao mãos em algo que veio de outro sistema estelar

Em abril de 2022 o Comando Espacial dos EUA (USSC) confirmou através de um documento divulgado pelo Departamento de Defesa dos EUA que o meteorito que caiu em Papua Nova Guiné em 2014 era de origem interestelar. Agora, os cientistas Amir Siraj, Avi Loeb e Tim Gallaudet publicaram um documento (ainda não revisado por pares) que visa recuperar o objeto no fundo do mar.

O objeto intitulado CNEOS 2014-01-08 caiu no mar de Papua Nova Guiné em 2014, e foi confirmado como um objeto interestelar graças a um satélite espião do Departamento de Defesa dos EUA.

Apesar de não ser o único objeto interestelar que temos conhecimento, este seria o primeiro que poderíamos de fato analisar em um laboratório.

Em outubro de 2017 o objeto intitulado 1I/'Oumuamua foi o primeiro objeto interestelar já confirmado, porém, tivemos pouco tempo para observá-lo, já que durante sua descoberta ele já estava saindo do Sistema Solar.

No novo estudo, Siraj e Loeb falam sobre a área onde o meteorito interestelar pode estar, e que através de uma consultoria com uma empresa de tecnologia oceânica junto com dados coletados de satélites é possível entender as correntes oceânicas e os ventos para determinar com precisão de 10 km por 10 km a área onde as buscas devem ser feitas.

A busca consistiria em um navio com um imã gigante para atrair o meteorito interestelar caso ele seja metálico. Vale ressaltar que o pequeno asteroide que queimou na atmosfera a uma velociade de 210.000 km/h sobre Papua Nova Guiné em 2014 tinha cerca de 40cm apenas, e que qualquer meteorito que tenha caído no oceano seria muito pequeno - uma tarefa extremamente complicada.

Ao ser questionado se Avi Loeb acreditava que este meteorito interestelar poderia ser algum artefato de alguma civilização inteligente, assim como ele aventou a possiblidade no caso de 'Oumuamua, ele disse que acredita não se tratar (neste caso) de tecnologia extraterrestre. Mas ainda assim, não descartou a possibilidade. "Não custa ver para crer".