2 estranhos sinais de rádio detectados ao apontar para 12 exoplanetas diferentes

2 estranhos sinais de rádio detectados ao apontar para 12 exoplanetas diferentes

O que foram os estranhos sinais detectados pelo Rádio Observatório de Green Bank? 

Uma equipe internacional de astrônomos liderados pela Dra. Sofia Z. Sheikh do Instituto SETI e do Centro de Estudos SETI de Berkley, utilizou o Observatório Green Bank, na Virgínia, EUA, para tentar detectar tecno-assinaturas, ou seja, possíveis sinais de tecnologia de uma civilização inteligente.


Apesar de não terem encontrado evidência definitiva de qualquer tipo de contato alienígena, ou até mesmo da existência de tecnologia extraterrestre, 2 sinais detectados em 2 exoplanetas distintos devem ser investigados mais a fundo. O que foi o sinal emitido?


Uma busca antiga

O Instituto SETI busca por possíveis sinais de rádio que seriam evidências de tecnologia alienígena desde 1961, com o Projeto Ozma, liderado pelo astrofísico da Universidade de Cornell, Dr. Frank Drake - o mesmo responsável pela famosa equação de Drake, que visa mensurar quantas civilizações alienígenas poderiam existir em nossa Galáxia atualmente.

Agora, com novas tecnologias, podemos ampliar nossas buscas por possíveis sinais de civilizações extraterrestres.

Rádio Observatório de Green Bank na Virgínia EUA
Rádio Observatório de Green Bank, na Virgínia, EUA.
Créditos: divulgação

O maior desafio, de acordo com a Dra. Sofia Sheik, é "encontrar a agulha no palheiro".

"Mesmo que alguém esteja tentando comunicação com nós, o espaço é muito vasto, e existem diferentes formas de mensagens em diferentes níveis de onda", disse a Dra. Sofia Sheik.

Por isso, eles utilizaram o Ponto Shelling - termo utilizado para quando duas ou mais pessoas chegam na mesma conclusão sem comunicação entre si.


Levando em conta o Ponto Shelling, o local onde a comunicação poderia ocorrer seria no centro galático (pela abundância de estrelas e sistemas), com um nível de onda de 1420 MHz (conhecido como "hidrogênio" ou "linha de 21 cm") - já que esse nível de onda pode penetrar grandes nuvens de gás do meio interestelar com muito mais facilidade.

A escolha dos planetas também foi pensada. Eles deram prioridade para exoplanetas detectados através do método de trânsito planetário pelo Telescópio Espacial Kepler, já que as observações deveriam ocorrer no momento em que os exoplanetas estariam passando na frente de suas estrelas, de acordo com o nosso ponto de vista.


E como se não bastasse, deveria acontecer um trânsito planetário nosso neste mesmo momento (levando em consideração que alguma hipotética civilização alienígena também estaria nos observando em busca de tecno-assinatura).


E será que encontramos a tecno-assinatura?

O resultado não foi definitivo. Porém, 2 sinais detectados ao apontar para 2 exoplanetas requerem novas investigações.


O primeiro sinal de interesse foi detectado ao apontar para Kepler-842b - uma Super-Terra com 3,2x a massa do nosso planeta, porém, orbita sua estrela fora da zona-habitável. Além disso, o sinal detectado está presente em toda largura de banda e pode ser uma interferência.

Por outro lado, o outro sinal detectado foi quando apontamos para o exoplaneta Kepler-1332b - outra Super-Terra que orbita uma estrela igual ao nosso Sol (do tipo G). O sistema encontra-se na direção da constelação de Cisne. Kepler 1332b tem 2,5x a massa da Terra, mas leva apenas 12 dias para completar uma volta em torno de sua estrela hospedeira - também fora da zona habitável.

No entanto, o sinal detectado em Kepler-1332b foram duas rajadas que duraram menos de 1 segundo cada, e não se assemelham a um tipo de interferência de rádio.

Novas investigações devem ser feitas para entender, afinal de contas, o que foram esses dois sinais bizarros.


Imagens: (capa-ilustração) / divulgação
03/01/2023


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6 comentários:

  1. Estou vendo que vai ser mais uma tosquia de porco: muito grito e pouca lã.

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  2. Acho que civilizações inteligentes não serão encontradas nesses planetas com gravidade tão pesada.

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    Respostas
    1. Planetas tão próximos de suas estrelas sofrem acoplamento de maré, não é mesmo? Então não rotacionam e por isso não produzem campos magnéticos significativos (se é que produzem algum). Então, vida ali, como conhecemos, não vejo perspectivas para tal. A menos que exista alguma biosfera subterrânea complexa o suficiente [especulações]. Afinal, como disse o Alto Evolucionário aos X-Men (em 1900 e caveira a quatro): "A vida é a prova de que tudo é possível".

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    2. Correto, Sr. Pé de Ganso.
      Acredito que sinais de tecnologia mais avançada que a nossa serão encontrados em ambientes mais frios, próximos aos gigantes gasosos similares a Júpiter, nas luas desses planetas para ser mais claro. É só olhar a nossa espécie, a tendência do ser humano é ir para os planetas exteriores, como Marte, Calisto em Júpiter, e não ir para Vênus ou Mercúrio. Por que uma civilização espacial em crescimento seria diferente? Se alguma estrela apresenta gigantes gasosos mais distantes com luas e a vida avançada existe nelas então uma quantidade grande de sinais de rádio estarão presentes neles, é mais fácil achar sinais de rádio procurando ali do que procurar nessas super-terras com rotação travada e superaquecidas.
      Acho que para uma civilização mais avançada seria mais fácil aquecer uma colônia espacial fria do que esfriar uma colônia espacial quente. Não acha?

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    3. Concordo.
      Realmente é mais fácil aquecer uma colônia espacial fria.



      realmente é mais fáci

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  3. O sinalzinho que o Richard fala pode ser uma nave ET que caiu ali e está pedindo socorro?

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