Se existe alguma civilização avançada que se comunica por toda a Via Láctea,
podemos descobrir agora...
Um estudo liderado por Akshay Suresh, da Universidade de Cornell, em
Nova York, EUA, vai buscar por sinais tecnológicos que podem estar
sendo emitidos do centro da nossa galáxia. Será que existem
civilizações avançadas espalhadas pela Via Láctea?
Se considerarmos apenas a Via Láctea (e não as 100 bilhões de galáxias que
existem no Universo Observável), já detectamos 4.189 sistemas planetários
que abrigam 5.438 exoplanetas confirmados. Já se considerarmos também os
candidatos a exoplanetas (que estão aguardando confirmação), podemos
adicionar mais 9.631 objetos detectados. Porém, no total, a quantidade de
estrelas que existem na nossa galáxia é muito maior, com uma estimativa de
200 à 400 bilhões de estrelas - isso APENAS na Via Láctea.
Sim, os números são enormes, e cada vez mais fica
difícil acreditar que a vida só exista em nosso planeta.
É aí que chega o inovador estudo intitulado BLIPSS (Breakthrough
Listen Investigation for Periodic Spectral Signals / Investigação por Sinais
Espectrais Periódicos do Projeto de Avanço de Escuta). Um algoritmo chamado
Fast Folding foi projetado para
detectar eventos periódicos, como sinais repetitivos que funcionariam como uma espécie de radar. Se
alguma
civilização inteligente e avançada o suficiente quisesse enviar sinais
para toda a galáxia, o local escolhido provavelmente seria o coração da nossa galáxia, isso
sem contar que é no centro da Via Láctea que encontramos a maior
concentração de estrelas.
O estudo foi publicado no periódico Astronomical Journal. Ao invés de
investigar fluxos contínuos de sinais, como sempre foi o objeto de pesquisas
anteriores, o algoritmo vai buscar por pulsos repetidos que poderiam ser
usados para
contato com toda a galáxia.
O método foi testado utilizando o Green Bank Telescope - um radiotelescópio
de 100 metros, localizado nos EUA. Eles conseguiram identificar de forma
automática os pulsares conhecidos da região observada. Pulsares são pulsos
de rádio emitidos por estrelas de nêutrons em alta rotação. Pulsares seriam
uma forma natural de pulsos repetitivos de sinais de rádio. Agora eles vão
utilizar o mesmo método com o mesmo sistema, mas observando numa frequência
diferente, mais curta, em busca de possíveis
sinais de alguma civilização extraterrestre inteligente
que possa existir em nossa galáxia.
Green Bank Telescope - um dos maiores radiotelescopios do mundo.
Créditos: divulgação
Será que existem civilizações avançadas espalhadas pela Via Láctea? A
resposta pode estar cada vez mais perto de ser respondida.
Imagens: (capa-ilustração) / divulgação
22/08/2023
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