Fenômeno raro não se parece com um Pulsar ou com um Magnetar - pelo menos, não
como os conhecemos...
Os cientistas detectaram um
sinal de rádio estranho
e que se repetia a cada 18 minutos. Pulsares são conhecidos por produzir
sinais de rádio como uma espécie de farol cósmico, mas nunca levam minutos
para isso acontecer.
Os dados observacionais onde esses estranhos sinais foram detectados eram de
2018. Em seguida, os cientistas analisaram dados de 2020, e os sinais haviam
desaparecido.
Agora, pela segunda vez, os cientistas detectaram novamente outra fonte que
está emitindo sinais de rádio a cada 22 minutos observando o céu com o
Murchison Widefield Array, na Austrália. Esse
sinal estranho de rádio vem de um local diferente do céu, e
se repete a cada 22 minutos, tendo 5 minutos de duração e 17 minutos
de silêncio.
Exatamente no centro dessa imagem real vemos o sinal de rádio que se
repete a cada 22 minutos.
Créditos: MeerKAT / divulgação
Com receio de que esse sinal poderia desaparecer assim como o primeiro
detectado, os astrônomos utilizaram vários observatórios para coletar o
máximo de informações possível, no raio-x, rádio e luz-visível.
O sinal está vindo da constelação de Scutum, próximo do centro
galático, e a fonte parece estar a uma distância de 15.000 anos-luz.
Localização da constelação de Scutum, próximo ao centro da Via Láctea e
às constelações de Escorpião e Sagitário.
Créditos: divulgação
Mas para a surpresa de todos, esse
misterioso sinal de rádio
não só permanece lá, como é muito antigo.
Dados observacionais do Very Large Array, no Novo México, mostram que esse
sinal já estava presente em registros desde 1988!
O sinal se repete a cada 1,318.1957 segundos, e não parece estar sofrendo
qualquer alteração.
O objeto parece ter uma rotação 1.000x mais lenta que um pulsar, e um campo
magnético bizarro.
Se fosse um pulsar como conhecemos, essa fonte deveria ter uma rotação muito
mais acelerada - com uma rotação lenta dessa forma, um pulsar não deveria
emitir ondas de rádio dessa forma.
Se fosse um magnetar como conhecemos - uma estrela de nêutrons com valor de
campo magnético muito elevado - esse sinal duraria meses ou poucos anos, e
não décadas. Então o que pode ser?
A hipótese de uma civilização extraterrestre inteligente não foi descartada,
mas o fato é que não se pode afirmar nada até o momento - simplesmente não
há explicação.
Quando o 1° pulsar foi descoberto, a astrofísica Jocelyn Bell Burnell e seus
colegas o intitularam LGM1 (Little Green Man 1 ou Pequeno Homem Verde 1) -
dando a ideia de que
poderia ser algum tipo de sinal de uma civilização alienígena
avançada. Mas posteriormente, várias fontes iguais foram descobertas.
Registro do primeiro pulsar descoberto.
Créditos: Jocelyn Bell Burnell / Anthony Hewish
Hoje conhecemos mais de 3.300 pulsares, e sabemos que são estrelas de
nêutrons em alta rotação que emitem sinais como um farol. Será que dessa vez
a história está se repetindo, ou finalmente descobrimos o nosso Little Green
Man 1?
Imagens: (capa-MeerKAT) / MeerKAT / Jocelyn Bell Burnell / Anthony Hewish /
divulgação
19/08/2023
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Acharam um "Sputnik" alienígena? E agora o que poderá ser?
ResponderExcluirUm sinal sem informação agregada? Bem, o Sputnik 1 também não tinha. Era só um bip-bip muquirana para que o mundo soubesse que os soviéticos chegaram primeiro no espaço. Vai saber o que será isso? Um sinal dos LGM? Não bastasse a onda de LGM de jardim que tá por aí (antigamente era uma onda de gnomos de jardim).
ResponderExcluirNão corram para as montanhas! Soltem os cães!
Uma hipotese: o Apex tem RA 18h28m que é a mesma de Scutum onde o objeto é descrito. Embora Dec seja 30N e Scutum 10S, pode ter durabilidade longa por continuidade na mesma linha de movimento do sistema solar relativo ao objeto ou ao eixo de rotacao do objeto. Os demais pulsares ou magnetares sao transitorios pois o sistema solar se desloca da posição original.
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