A descoberta de jatos de alta velocidade em Júpiter acaba de ser anunciada na
revista Nature Astronomy
James Webb já havia observado Júpiter
logo após o início de suas operações em julho de 2022, mas agora, utilizando
dados da NirCam que observa no infravermelho, e que
registrou Júpiter com 4 filtros diferentes com intervalo de 10 horas,
astrônomos acabam de revelar a descoberta de algo desconhecido em Júpiter. O
estudo foi publicado na revista Nature Astronomy.
James Webb enxerga o que os nossos olhos não conseguem enxergar - o
infravermelho. Com isso, as camadas mais internas da atmosfera tempestuosa
de Júpiter são reveladas. E foi justamente lá, na estratosfera inferior, a
uma profundidade de 3.000 km da região mais superficial, que
James Webb encontrou jatos de alta velocidade desconhecidos até
então.
Júpiter registrado por James Webb em julho de 2022.
Créditos: JWST / divulgação
Localizados próximo da região equatorial de Júpiter, esses jatos cobrem uma
área de aproximadamente 4.800 km, e viajam a uma velocidade de 515 km/h. Pra
se ter uma ideia, o Tufão Haiyan (o mais devastador da história registrada)
teve ventos recordes com velocidade de 315 km/h, mas que foram mantidas por
apenas 1 minuto. Em média, considerando 30 minutos do Tufão Haiyan, as
velocidades de vento chegaram a 230 km/h - isso é menos da metade da
velocidade dos ventos dos jatos observados em Júpiter.
Júpiter é o mundo das tempestades; sua
Grande Mancha Vermelha é um grande furacão que já dura séculos, mas ainda assim, o maior planeta do Sistema Solar ainda tem segredos
cataclísmicos que continuam a ser revelados.
Os astrônomos continuarão utilizando o
James Webb
para acompanhar a evolução desses jatos bem como das
tempestades em Júpiter. Ter a capacidade de estudar o clima de outro
mundo é realmente fascinante!
Imagens: (capa-JWST) / JWST / divulgação
26/10/2023
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