Na sexta-feira 13 de abril de 2029, o asteroide Apophis de 340 metros vai
passar raspando na Terra - ele não pode se aproximar mais, ou uma colisão pode
acontecer...
O grande asteroide Apophis de 340 metros de diâmetro tornou-se uma
ameaça real quando descoberto em 2004. O nome Apophis (Deus do Caos) não é a
toa. Quando descoberto, havia uma chance considerável de colisão com o nosso
planeta. Os anos se passaram e hoje conhecemos perfeitamente sua órbita.
Porém, em
13 de abril de 2029, Apohis passará a apenas 37.399 km da Terra - mais próximo do que alguns
satélites geoestacionários. Até lá, um desvio em sua trajetória poderia
colocá-lo em uma rota de colisão com a Terra. Mas será que ele pode ser
desviado?
Em um novo estudo publicado, astrônomos da Universidade Western e Waterloo
investigaram a fundo mais de 1,3 milhões de asteroides em busca de
possíveis colisões com o asteroide Apophis. Apesar de não haver uma
colisão certa com nenhum deles, alguns asteroides chamaram a atenção, seja
por dados inconclusivos de trajetórias ou por passagens próximas.
Como exemplo, o asteroide Xanthus de 1,3 km de diâmetro não irá
colidir com Apophis por um erro de apenas 4 horas. Além dele, outros
asteroides como 2009 JG2, 2016 FB12, 2022 KN3,
2016 CL18, 2001 FB90 dentre outros, têm órbitas altamente
incertas, o que dificulta a precisão de suas trajetórias e com isso, a
identificação de possíveis colisões com o asteroide Apophis.
Ou seja: na simulação envolvendo mais de 1,3 milhões de asteroides os
cientistas não detectaram uma colisão certa, porém, eles trabalharam com
dados inconclusivos em muitas dessas órbitas. Isso significa que não há como
comprovar uma colisão no futuro, o que de início pode ser uma boa notícia.
No entanto, no próprio estudo é feito um pedido para que asteroides que
passem próximo de Apophis sejam analisados com mais atenção.
Nos resta torcer para que nenhum pequeno impacto ou interação gravitacional
faça com que
Apophis seja desviado e direcionado em uma rota de colisão com a Terra. Impacto esse que pode ocorrer com asteroides conhecidos ou com asteroides
que ainda não sabemos da existência. Até lá, novos estudos devem determinar
com mais precisão se a trajetória de Apophis está limpa, ou não.
Imagens: (capa-ilustração) / divulgação
15/03/2024
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Gostaria de saber como fazem para calcular rota de impacto entre objetos com menos de um quilômetro de diâmetro, n'um vácuo do espaço tão vasto.
ResponderExcluirMas com uma massa relativamente pequena uma interação gravitacional com outros asteróides deve ser insignificante, incapaz de desviar da rota. E se colidir com outro, igual ou maior, imagino que ele deve se esfacelar, ou não?
ResponderExcluir