Eletricidade no céu aumentou drasticamente com tempestade solar extrema - impacto no clima!

Eletricidade no céu aumentou drasticamente com tempestade solar extrema - impacto no clima!


O Circuito Elétrico Global foi intensificado significativamente durante a tempestade solar extrema de nível G5 que aconteceu entre os dias 10 e 11 de maio de 2024, fazendo com que a eletricidade atmosférica do nosso planeta ficasse elevada por quatro dias seguidos!


Sim, foi isso que o Prof. Gang Li, físico espacial da Universidade Alabama revelou, através de dados do Observatório CASLEO de monitoramento do campo elétrico situado na Argentina.

impacto do sol no clima da Terra


Os raios cósmicos provenientes do espaço profundo já têm uma influência nas camadas superiores da nossa atmosfera podendo chegar até a troposfera, afetando nuvens e o clima na Terra. Quando a atividade solar é intensificada, ocorre um fenômeno chamado "Queda de Forbush" - quando o vento solar intenso afasta os raios cósmicos do espaço profundo criando uma espécie de bolha protetora no Sistema Solar.


No entanto, durante a tempestade solar extrema de maio de 2024, apesar da queda de intensidade de raios cósmicos por conta da atividade solar, tivemos um aumento grande na corrente elétrica global, podendo ter chegado a cerca de 15% acima do normal do Circuito Elétrico Global.

impacto do sol no clima da Terra - 1


O Circuito Elétrico Global de estende da superfície até altitudes de aproximadamente 50 km, e um aumento dessa eletricidade atmosférica em 15% é realmente assustador, podendo alterar os padrões de raios, tempestades e até mesmo coisas bizarras como o voo de aranhas através do chamado "ballooning" - descrito pela primeira vez por Charles Darwin, que em 31 de outubro de 1832 observou que milhares de aranhas vermelhas surgiram no deck do navio HMS Beagle quando estava a mais de 100 km da costa - como isso era possível?


Darwin infelizmente não viveu para descobrir que aranhas poderiam utilizar a corrente elétrica do Circuito Elétrico Global para voar e fazer migrações. Um estudo liderado por Erica Morley e Daniel Robert da Universidade Bristol, descreve como aranhas podem tecer teias que, com carga negativa, são repelidas pelo campo negativo criado no solo para alçar voo. Sendo assim, a atividade solar intensa (desde explosões de radiação, tempestade de partículas carregadas até tempestades geomagnéticas) pode intensificar o Circuito Elétrico Global, fazendo com que aranhas voem por aí, e chuvas torrenciais sejam criadas de forma imprevisível.



Imagens: (capa-ilustração) / CASLEO / Prof. Gang Li / Universidade do Alabama / divulgação
25/06/2024


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