Entre os dias 11 e 20 de maio de 2024,
Marte foi atingido por tempestades solares intensas, sobretudo no dia
20 de maio. O impacto foi tão forte que o rover Curiosity conseguiu
registrar a onda de partículas carregadas e as
altas doses de radiação atingindo a superfície de Marte, sendo esse
evento o mais intenso já registrado pelo rover Curiosity desde que ele
chegou na superfície marciana, há mais de 12 anos!
O rover Curiosity detectou mais de 8.100 micrograys de radiação, o
equivalente a 30 raios-x de tórax para um ser-humano que estivesse ali, ao
lado do dele. Além disso, raios-gama e outros níveis do espectro
também foram registrados bombardeando a superfície marciana.
Mas não foi só o rover Curiosity que registrou o
impacto da tempestade solar na superfície de Marte.
As sondas MAVEN e Mars Odyssey também registraram o impacto do Sol no solo e
na tênue atmosfera marciana. Segundo dados coletados pela MAVEN, que
monitora a evolução atmosférica de Marte, a atmosfera do planeta aqueceu e
inflou, e com seu instrumento que observa no ultravioleta,
auroras globais foram registradas no lado noturno de Marte. Esse foi o maior evento de partículas energéticas já registrado pela
MAVEN.
A sonda Odyssey também registrou o
impacto da tempestade solar em Marte. Sua câmera estrela, utilizada
para orientar a posição da sonda no espaço, sofreu um bug imediato no
momento da chegada dessa onda de partículas do Sol. Apesar de não ter sido
danificada de forma permanente, altas doses de raio-x, raios-gama e neutrons
de alta energia foram detectadas.
Isso mostra que a exploração espacial e principalmente, a
colonização de Marte
não será uma tarefa fácil. Cavernas e tubos de lava poderiam servir como
proteção parcial em eventos como esse. Criar bases em Marte pode, portanto,
colocar o ser-humano de volta para as cavernas a fim de nos protegermos de
altas doses de radiação que seríamos expostos se estivéssemos na superfície
do Planeta Vermelho.
Imagens: (capa-ilustração) / divulgação
14/06/2024
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