O segundo semestre de 2024 começa com muita coisa acontecendo quando o
assunto é o Sol. Por volta das 00:30 UTC de 1 de julho, um
cometa rasante da família Kreutz é visto fazendo um mergulho no Sol -
sim ele é completamente desintegrado.
O cometa pertence a uma família de cometas conhecidos como
"cometas rasantes Kreutz". Esses cometas, cujas órbitas os levam muito perto do Sol, são
fragmentos de um único cometa gigante que teria se quebrado em várias
partes, a centenas de anos atrás. Conhecido como O Grande Cometa de
Aristóteles, em 342 a.C. ele foi descrito como excepcionalmente brilhante,
preenchendo 1/3 do céu noturno. Posteriormente ele teria se desintegrado,
dividindo-se em pelo menos 2 grandes partes e dando origem a uma família
de cometas que foi nomeada "Kreutz" após o século IX, quando o astrônomo
alemão Heinrich Kreutz demonstrou pela primeira vez que esses cometas
estariam relacionados.
Nem todos os cometas rasantes são membros do grupo Kreutz. O famoso cometa
ISON, por exemplo, não estava relacionado a esta família.
Uma explosão de radiação para acordar
Logo em seguida, após algumas horas, o Sol resolve acordar com uma
explosão de radiação de classe M, justamente de uma região ativa
pequena onde complexidade de campo magnético é inexistente. Sim, explosões
de radiação podem surgir de qualquer região ativa, e essa foi apenas um
lembrete disso.
E como se não bastasse, estamos a algumas horas de um impacto solar,
que pode resultar em uma tempestade solar de nível G2 (de acordo com
especialistas).
Trata-se de um filamento que se desprende no dia 29 de junho, podendo chegar
por aqui a qualquer momento. O impacto não será dos maiores, no entanto, há
poucos dias vimos o que aconteceu com um impacto parecido, porém de menor
intensidade e dimensão - uma tempestade solar de nível G4 (quando o esperado
era uma tempestade solar de nível G1).
E assim começamos a segunda metade de 2024 - ela promete!
Imagens: (capa-SOHO) / NASA / SOHO / Lasco C2 / divulgação
01/07/2024
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