Afirmações fortes pedem evidências tão fortes quanto. E aqui iremos mostrar
todas elas para vocês. Sim, o Sol foi o responsável pelo desenvolvimento
absurdo do Furacão Beryl, que do nada, se torna um
furacão de categoria 5 surpreendendo especialistas pela sua
velocidade, evolução e impacto assombrosos.
No dia 25 de junho, o Centro Nacional de Furacões (NHC), da NOAA, percebe
uma onda de calor de aproximando do mar do Caribe - poderia se tratar de um
ciclone tropical. Chance de evolução para as próximas 48h foi estimada em
menos de 10%;
No dia 26 de junho, o Centro Nacional de Furacões (NHC), da NOAA, confirma
tempestades tropicais sendo formadas, com velocidade de 15 à 20 mph (24 à 32
km/h);
No dia seguinte, 27 de junho, tempestades desorganizadas são relatadas, e um
sutil aumento na velocidade, chegando a 25 mph - 40 km/h. A previsão era de
piora gradual, e a chance de piora nas próximas horas continuava baixa - em
torno de 10% apenas;
No dia 28 de junho somos surpreendidos por uma tempestade solar de nível G4,
quando era esperada uma tempestade de baixa intensidade, de nível G1 (no
máximo).
Um filamento que havia se desprendido do Sol foi lançado para o espaço,
porém, não na direção da Terra. Por existir a chance de recebermos um
pequeno golpe de raspão, a NOAA emitiu um alerta para tempestade
geomagnética de classe G1 para 28 ou 29 de junho. Mas não foi isso o que
aconteceu.
Com um campo magnético interplanetário desfavorável, essa tempestade solar
se desenvolve de forma absurda, e como diversos estudos mostram, o clima
pode sofrer com tempestades abruptas e intensificação de furacões, bem como
chuvas, ventanias e tempestades inesperadas por conta da ionização das camadas atmosféricas e intensificação do Circuito Elétrico Global pelas tempestades solares.
De fato, a partir daí, o que era um
ciclone tropical se desenvolve chegando a se tornar um furacão de
categoria 5
em pouco tempo, com ventos atingindo uma velocidade absurda de 210 km/h - é
confirmado o furacão Beryl.
O Furacão Beryl é um recordista de primeira:
- Beryl é o 1° furacão da temporada de furacões do verão do hemisfério norte,
- o maior furacão a se formar mais cedo em toda a história
- o furacão da temporada a se formar mais a leste em toda a história, sendo o recorde anterior de 1933
- o furacão com os ventos mais fortes para um mês de junho da história, sendo o recorde anterior do Furacão Audrey, de 1957
- o furacão a evoluir mais rápido na história do mês de junho
E nem chegou o mês de julho e o Furacão Beryl já bate outro recorde,
como de maior furacão de um mês de julho da história!
Sim. Beryl não é um furacão comum e ele não evolui como a grande maioria dos
furacões. Mas o que teria acontecido no dia 28, quando toda essa evolução
muda? Sim - a tempestade solar de nível G4 (severa).
No estudo financiado pela NASA, intitulado "A Review of Low Frequency
Electromagnetic Wave Phenomena Related to Tropospheric-Ionospheric Coupling
Mechanisms" -
(Uma Revisão do Fenômeno de Onda Eletromagnética de Baixa Frequência
Relacionado ao Mecanismo de Ligação Troposférica-Ionosférico), de 2011, os
cientistas encontram processos ligados ao clima espacial que se desenvolvem
em todas as camadas atmosféricas, fazendo com que elas interajam, desde a
ionosfera até a troposfera (camada mais inferior).
Os efeitos dos aerossóis, distribuição de vapor de água, parâmetros
termodinâmicos e processos de separação e eletrificação de cargas de nuvens
na eletricidade atmosférica e nas ondas eletromagnéticas são revisados, e
sim, existem interações.
Já no estudo intitulado "Evolution of extratropical cyclones during
disturbed geomagnetic conditions" - (Evolução de ciclones extratropicais
durante condições geomagnéticas perturbadas), os cientistas apontam que
durante distúrbios geomagnéticos, ou seja, durante tempestades solares, as
condições se tornam mais favoráveis para intensificação de ciclones,
furacões e tempestades.
No artigo "On the role of electromagnetic phenomena in some atmospheric
processes" - (Sobre o papel dos fenômenos eletromagnéticos em alguns
processos atmosféricos), os cientistas descrevem como as múltiplas camadas
da atmosfera terrestre são impactadas e como elas interagem durante
distúrbios eletromagnéticos.
Sim - os estudos estão por toda a parte. Aqui citamos apenas 3 quando na
verdade são centenas de estudos que corroboram a mesma ideia: o Sol com toda
a sua gama de processos que chegam aqui na Terra (flare de radiação, fluxo
de partículas carregadas e ejeções de massa coronal), e até mesmo a radiação
cósmica, penetram na ionosfera e interagem com o Circuito Elétrico Global,
interferindo em aerosois de nuvens, umidade do ar, chuvas, furacões,
tempestades, raios, e diversos outros eventos atmosféricos.
Seguimos de olho no Sol.
Imagens: (capa-GOES) / GOES / NASA / divulgação
02/07/2024
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